Você nunca sabe até quando vai durar o seu infinito. Temos a cruel mania (cruel com nós mesmos) de pensarmos que algo será infinito. Pra quê, não é verdade? Por quê enfiamos na nossa cabeça que se não for infinito não valerá a pena? Como podemos falar isso se a própria vida não é infinita... Não sei. Talvez não seja assim pra todo mundo, mas às vezes é pra mim.
É incrível que, um belo dia, nós acordamos e tudo está bem. Algumas poucas horas depois nos deitamos para dormir de novo e o único que conseguimos fazer é chorar. Por raiva, por tristeza, por angústia, por incertezas. E quando acordamos no dia seguinte temos os olhos muito inchados e a mesma sensação da noite. As coisas ainda não passaram. Você se olha no espelho e chora de novo. A única coisa que você quer é que tudo fique bem (de novo). Mas não fica. Não hoje. Nem amanhã. Talvez jamais fique bem de novo dentro deste infinito. Então você se lembra que existem outros infinitos em sua vida, e o que te resta é correr atrás destes, até que o seu infinito definitivo chegue e tudo acabe logo e mesmo e pra sempre e fim.
Foi assim com Hazel Grace, é assim com todo mundo, pelo menos uma vez por infinito.
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